A chamada Reforma Gustavo Capanema (Lei Orgânica do Ensino Secundário) organiza o segundo ciclo do ensino secundário com a criação do colégio. Esse nível de ensino passa a não mais se caracterizar como preparação específica para o ensino superior nas três fileiras existentes, atreladas diretamente às faculdades e sendo cursos anexos a elas.

A legislação, ainda, através da Portaria Ministerial no. 177, de 16 de março de 1943, expede os programas de matemática dos cursos clássico e científico. Na programação os temas matemáticos outrora presentes nos Cursos Complementares sofre alteração substantiva. Ocorre um processo de agrupamento, seriação e criação de "unidades didáticas" interligadas, dentro dos ramos matemáticos da Aritmética, da Álgebra e da Geometria. Temas de maior aprofundamento de álgebra são retirados assim como o Cálculo Vetorial, deixado para ser ensinado como matéria do ensino superior, apenas permanecendo a idéia de vetor no início do tema "Trigonometria".

Uma nova leva de livros didáticos de matemática é publicada para os anos terminais do curso secundário com as diretrizes do que fica conhecido como Reforma Capanema. Destaque-se a presença, como autores, de professores do ensino secundário. Eles substituem os professores universitários e seus textos elaborados para os cursos preparatórios dados nos anexos às faculdades (Cursos Complementares). Nomes já consagrados na produção didática para o ginásio, na década de 1930, escrevem compêndios agora para o colégio. Euclides Roxo e Algacyr Munhoz Maeder são exemplos disso.

Também surgem autores que se tornam verdadeiros best-sellers como Ary Quintella. Note-se, ainda, a permanência de alguns autores de obras dos antigos Cursos Complementares como Roberto Peixoto, Thales Mello Carvalho dentre outros e livros que ganham novas edições, vindos dos tempos dos Cursos Complementares.