OS EXAMES DE ADMISSÃO AO GINÁSIO 1931 / 1969
EXAMES E PROVAS COMO FONTES PARA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
A nova história da educação, a cultura escolar e o problema das fontes.


Num texto sobre a historiografia contemporânea, Carvalho e Nunes (1993) mostram que tem ocorrido um deslocamento da área para estudos relativos às questões culturais. As autoras salientam que devemos, sobretudo, à prática e produção historiográfica da chamada escola dos Annales, o crescente interesse pela história da cultura. Assim, novas matrizes teóricas estão orientando as pesquisas dentro da história da educação, já que esta é tomada como uma especialização dentro da história.

Em termos de estudos de história da educação é difícil caracterizar sinteticamente o que representa o interesse pela história cultural. No entanto, poderíamos ressaltar primeiramente, como fazem a autoras citando Chartier, que a história cultural pode ser definida pela conjunção de três elementos não dissociáveis:

“uma história dos objetos na sua materialidade, uma história das práticas nas suas diferenças e uma história das configurações, dos dispositivos nas suas variações”( 1992:45).


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ARQUIVO ESCOLAR DO COLÉGIO PEDRO II - Coletânea de Documentos
SOBRE UMA PRÁTICA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA UTILIZANDO ARQUIVOS ESCOLARES VIRTUAIS
Sobre arquivos escolares

No texto “Cultura e práticas escolares: uma reflexão sobre documentos e arquivos escolares”, a historiadora da educação Diana Vidal percorre sinteticamente a trajetória teórico-metodológica que leva os estudos históricos sobre educação, a considerar contemporaneamente o papel dos arquivos escolares. Vidal ressalta, de início, que:

(...) a investigação histórica em educação no Brasil, especialmente a partir dos anos 1990, vêm se interrogando acerca da propriedade em conceber escola como produtora de uma cultura própria e original, constituída e constituinte, também, da cultura social. (2004, p.1).

Isso posto, a autora destaca que emergem temas para investigação como “a constituição do currículo, a formação das disciplinas escolares, o cotidiano institucional, o exercício diário de professores e professoras, alunos e alunas, a materialidade da escola e os recursos metodológicos” (p.2).

A partir dessas temáticas de pesquisa tornam-se necessários, para o trabalho historiográfico, dois tipos de investimentos: um deles, o de balizamento teórico; o outro, (...) se endereça a localizar, sistematizar, organizar, socializar e problematizar as fontes para a pesquisa em história da educação.

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Paulo Alves de Lima

 

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