REDUÇÃO DA PRESSÃO (BIOMECÂNICA)

 

        Hoje em dia, está claro que a maioria das lesões dos pés, principalmente as úlceras, são devidas ao traumatismo mecânico, que passa desapercebido ao paciente em virtude da neuropatia. A polineuropatia simétrica distal associada ao diabetes provoca a perda da sensibilidade protetora e, em seguida alguns fatores de risco biomecânicos combinam-se para causar a lesão do pé.

       As pressões plantares de pico registradas tipicamente na região anterior do pé durante a marcha são pelo menos trinta vezes maiores, significando que o fluxo sangüíneo estará ocluido durante pelo menos uma parte do ciclo da marcha. A recuperação desta isquemia pode ser afetada por fatores como glicosilação ou estado da microcirculação que de acordo com alguns estudos recentes, apresenta anormalidades mesmo nos estágios iniciais do Diabetes Mellitus.

 

Figura 14 - Distribuição das úlceras da parte anterior do pé, segundo Edmonds (1998). Nesta série, a região anterior do pés era responsável por 93% de todas as úlceras. Além das localizações ilustradas na figura (halux plantar e dorsal, região plantar, dorsal e pontas de todos os dedos combinados), outras úlceras da parte anterior do pé, ocorreram nos seguintes locais: 2% para cada lado da superfície plantar (com exceção da ponta), lados e entre os dedos; na ponta e no lado do halux (4% e 1% respectivamente); e no dorso da região das cabeças metatársicas (1%).

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