GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS

 

Pé diabético: Infecção, ulceração e ou destruição dos tecidos profundos associados a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores (com base nas definições da OMS).

: A estrutura do tornozelo ou abaixo dele.

Alto risco: Presença de várias características indicativas de alta probabilidade de desenvolvimento de uma complicação específica.


Baixo risco: Ausência ou presença de algumas características indicativas de alta probabilidade de desenvolvimento de uma complicação específica.

Lesão do pé: Bolha, erosão, pequeno corte ou úlcera no pé.

Cicatrização: Pele intacta, epitelização funcional.

Necrose: Tecido desvitalizado, úmido ou seco, independente do tecido envolvido.

Gangrena: Necrose contínua da pele e das estruturas subjacentes, músculos, tendões, articulações ou ossos, indicando danos irreversíveis nos quais a cicatrização não pode ser obtida sem a perda de alguma parte da extremidade.

Edema: Inchaço do pé suficientemente acentuado para deixar a marca da pressão efetuada por um dedo.

Eritema:Vermelhidão.

Calo: Formação hiperqueratótica devido ao excessivo estresse mecânico.

Neuropatia diabética: Presença de sintomas e/ou sinais de disfunção do nervo periférico em pessoas com diabetes, após a exclusão de outras causas.

Neuroisquemia: Combinação de neuropatia diabética com isquemia.

Doença vascular periférica (DVP): Presença de sinais clínicos, tais como a ausência de pulsação nos pés, histórico de claudicação intermitente, dor em repouso e/ou anormalidades na avaliação vascular não invasiva, indicando circulação alterada ou danificada.

Isquemia: Sinais de circulação danificada, verificada por meio de exames clínicos e/ou testes vasculares.

Isquemia crítica do membro: Dor isquêmica persistente em repouso exigindo analgesia regular por mais de duas semanas e/ou ulceração ou gangrena do pé ou dos pododáctilos, ambas associadas a uma pressão sistólica do tornozelo < 50 mmHg ou pressão sistólica do < 30 mmHg.

Claudicação: Dor em um pé, coxa ou panturrilha agravada durante o caminhar e aliviada em repouso, associada a evidências de doença vascular periférica.

Dor em repouso: Dor intensa e persistente localizada no pés e freqüentemente aliviada na dependência.

Angioplastia: Restabelecimento de um lúmen arterial através da técnica ou instrumentação percutânea transluminal.

Úlcera superficial: Lesão espessada da pele não se estendendo além do subcutâneo.

Úlcera profunda: Lesão espessada da pele estendendo-se além do subcutâneo, que pode envolver músculo, tendão, osso e articulação.

Celulite: Presença de edema, eritema e calor, indica uma reação inflamatória, independente da causa.

Infecção: Invasão e multiplicação de microorganismos nos tecidos corporais, que podem ser clinicamente inaparentes ou resultantes de danos celular local devido ao metabolismo competitivo, toxinas, replicação intracelular, ou resposta imune.

Infecção superficial: Infecção da pele não extensiva ao músculo, tendão, osso ou articulação.

Infecção profunda: Evidência de abcessos, artrite séptica, osteomielite ou tendossinovite séptica.

Osteíte: Infecção do osso sem o envolvimento da medula óssea.

Osteomielite: Infecção do osso com o envolvimento da medula óssea.

Amputação: Ressecção de uma parte terminal de um membro.

Amputação primária: O primeiro procedimento de amputação em uma seqüência até o resultado final (cicatrização ou óbito).

Primeira amputação: A primeira amputação primária em um indivíduo, em um determinado período, independentemente do lado e do nível de amputação.

Reamputação: Amputação de uma extremidade com uma amputação prévia não cicatrizada.

Nova amputação: Amputação de uma extremidade com uma amputação prévia cicatrizada.

Amputação bilateral: Amputação simultânea de ambas as extremidades inferiores, independente do nível de amputação.

Amputação da segunda perna: Amputação de nível maior em paciente que já tenha sido submetido a uma amputação prévia da perna contralateral.

Amputação em nível menor: Desarticulação do médio tarso ou abaixo dele.

Amputação em nível maior: Toda amputação acima do nível do médio tarso.

Nível de amputação: Desarticulação do dedo, amputação do raio, amputação transmetatarsiana, desarticulação tarso-metatarsiana, desarticulação do médio tarso, desarticulação do tornozelo, amputação transtibial (abaixo do joelho), desarticulação do joelho (através do joelho), amputação transfemural (acima do joelho) e desarticulação do quadril.

Deformidade do pé: Anormalidades estruturais no pé, tais como: presença de dedos em martelo, dedos em garras, hálux valgo, proeminências de cabeças de metatarsos, condições subseqüentes a neuroosteoartropatia, amputações, ou após outras cirurgias do pé.

Neuro-osteoartropatia (Pé de Charcot): Destruição não infecciosa do osso e da articulação associada a neuropatia.

Desbridamento: Remoção do tecido desvitalizado.

Descarga do peso: Retirada da carga do peso de uma determinada área do pé, mediante o uso estrito de muletas, cadeira de rodas ou outros instrumentos ortóticos.

Calcados terapêuticos: Calcados confeccionados para o alívio do estresse biomecânico sobre a úlcera e que pode acomodar curativos, faixas.

Palmilhas: Camada macia da parte interna e inferior de um sapato; geralmente é removível.

Órtese: Instrumento ou aplicativo que controla, corrige ou acomoda uma anormalidade estrutural ou funcional.

Fonte: Pedrosa HC. Consenso Internacional sobre Pé Diabético. Brasil: Ministério da Saúde, Distrito Federal, 2001.

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