HEMORREOLOGIA

O exame sistemático do fluxo é o objetivo da disciplina científica conhecida como reologia, termo trazido do grego Rheos, que significa "fluxo" ou "corrente" O estado das propriedades do fluxo sangüíneo é conhecido como hemorreologia.

ARTÉRIAS DAS PERNAS E DO PÉ

        O fluxo sangüíneo do pé irriga três componentes tissulares principais: pele, músculo e osso. O fluxo sangüíneo da pele é determinado principalmente pelas temperaturas central do corpo e do ambiente, aumentando com a necessidade de dissipar o calor. A circulação cutânea também pode aumentar, no mínimo tanto quanto o fluxo sangüíneo associado a atividade muscular intrínseca do pé. A marcha acelerada ou corrida pode aumentar em várias vezes o fluxo sangüíneo do pé. É importante analisar a circulação do pé, tendo-se em mente o fluxo de sangue e suas propriedades.

        O sangue chega ao pé por meio das artérias. A aorta origina as artérias ilíacas comuns que por sua vez, dão origem as artérias ilíacas externas e femorais. O ramo femoral superficial estende-se em direção medial e posterior pelo canal adutor e transforma-se na artéria poplítea. Abaixo do joelho, está a última artéria que divide-se em três vasos. Todos eles irrigam o pé, mas normalmente apenas duas transportam a maior parte do fluxo sangüíneo.

        A artéria tibial anterior muda repentinamente de direção, à medida que passa adiante e, em seguida desce junto aos músculos ântero-lateral da perna. Por fim a artéria tibial anterior passa à frente do tornozelo, onde se transforma na artéria pediosa, que irriga a região dorsal e até mesmo a planta do pé. As artérias tibial posterior e peroneira origina-se mais diretamente como ramos medial e lateral da artéria poplítea. Em condições normais, a artéria tibial posterior é significativamente mais calibrosa. Este vaso passa através do maléolo interno do tornozelo e irriga a região plantar do pé e seus músculos . A artéria peroneira passa por trás do maléolo externo e irriga a região lateral do pé, que é menos musculosa.

         
        Estas figuras ilustram dois aspectos do fluxo sangüíneo da perna e do pé dos pacientes diabéticos, que podem contribuir para o desenvolvimento da doença arterial do membro inferior no diabético. O fluxo sangüíneo cutâneo em repouso (abaixo do máximo) geralmente é alto nos diabéticos, mas ao ficar de pé, estes indivíduos não conseguem desenvolver a redução normal de cerca de 80% no fluxo sangüíneo cutâneo, favorecendo significativamente o aumento do fluxo arterial da perna dos pacientes diabéticos, quando estão na posição ereta.

TRATAMENTO HEMORREOLÓGICO NÃO - FARMACOLÓGICO

• Exercícios: Durante a atividade física, há hemoconcentração generalizada e hemólise intravascular nos pés, mas a fibrinólise aumenta à medida que o condicionamento melhora o preparo físico.
  
  
• Dieta: O controle do diabetes associado a uma dieta com redução apropriada das gorduras diminui a VLDL (triglicerídeo) e a síntese do IAP-1 endotelial que ela estimula.
  
  
• Ingestão protéica: Quando são adequadas e ingeridas oportunamente, as proteínas de alta qualidade permitem que a síntese da albumina seja normal quando combinada com insulina.
  
  
• Óleo de alho/cebola (dissulfeto de alilpropil): Quando consumidos com a dieta, esse composto reduz os ácidos graxos livres no plasma e aumenta a fibrinólise.
  
  
• Ácidos graxos transinsaturados: Presentes na margarina e em outros alimentos, alguns estudos demonstraram que estes compostos reduzem os níveis do fibrinogênio plasmático nos ratos.
  
  
• Óleo e suplementos de peixe: Diminuem a viscosidade sangüínea, o fibrinogênio e a resistência ao fluxo das hemácias e a fluidez das membranas.
  
  
• Interrupção do tabagismo: Os níveis do fibrinogênio diminuem lentamente depois da interrupção do tabagismo em paralelo com a redução do risco cardiovascular.
  
  
• Vitaminas e nutrientes: Em geral são considerados suplementos alimentares.

|<voltar para exame fisico dos Pés <|<voltar para categoria de risco<|
|<Glossário de termos técnicos<|>Referências bibliográficas>|