ARTROPATIA
DE CHARCOT
PÉ
DE CHARCOT |
PATOGENIA
DO PÉ DE CHARCOT |
SINAIS
E SINTOMAS |
TRATAMENTO
DO PÉ DE CHARCOT |
TRATAMENTO
CIRÚRGICO DO PÉ DE CHARCOT
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PÉ
DE CHARCOT
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A
Neuro-osteoartropatia (Pé de Charcot), é uma modalidade
da neuropatia, geralmente não percebida do diabetes mellitus que
impõe um desafio diagnóstico e terapêutico difícil
para todos os membros da equipe saúde. Durante os últimos
30 anos do século XIX, os estudos anatomoclínicos de Jean-Martin
Charcot descreveram uma condição patológica diferente
conhecida como artropatia da ataxia locomotora que seria uma das formas
destas afecções articulares desenvolvidas sob influência
mais ou menos direta do centro medular. Charcot descreveu suas observações
de uma artropatia súbita e inesperada, que geralmente começava
sem qualquer causa aparente com dores lacinantes nos membros. Crepitações
na articulação poderiam aparecer dentro de alguns dias depois
do início da doença e normalmente precederiam o desenvolvimento
da incoordenação motora típica da tabes.
Figura
6 - Pé de Charcot
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PATOGENIA
DO PÉ DE CHARCOT
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Vários fatores parecem contribuir para o desenvolvimento
da destruição osteoarticular dos pacientes com neuropatia
periférica com perda da sensibilidade protetora, estresse mecânico,
redução da sensibilidade vibratória, fraqueza muscular
e tornozelo eqüino; neuropatia autônoma com aumento da irrigação
sangüínea dos ossos e traumatismo, são os determinantes
mais importantes.
Outros fatores possivelmente relevantes
no desenvolvimento da osteoartropatia neuropática diabética
são distúrbios metabólicos, doença e transplante
renais, osteoporose induzida por corticóides, desequilíbrio
entre as atividades osteoclástica e osteoblática, redução
do crescimento das cartilagens e glicosilação não
enzimática das proteínas ósseas e dos tecidos moles
extra articulares. No entanto o mecanismo responsável pelo desenvolvimento
das lesões osteoarticulares neuropáticas ainda não
está totalmente esclarecido.
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SINAIS
E SINTOMAS
Os sintomas geralmente incluem temperatura cutânea elevada,
hiperemia, edema, as
vezes dor, ausência de lesões na pele e de sinais radiológicos.
É importante a distinção definitiva de uma
infecção, visando evitar erros no diagnóstico
e possibilidades de amputação. A progressão
é freqüentemente rápida com fragmentação
óssea e destruição das articulações
visível ao raio-x, acompanhada de exuberante reação
perióstea. O colapso longitudinal do arco médio é
comum, levando a típica deformação "em
mata borrão", na qual há tendência de grandes
úlceras.
Figura
7 - Raio X do Pé de Charcot
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TRATAMENTO
DO PÉ DE CHARCOT
No
momento, o tratamento ainda é empírico e inclui Forma
moldada de contato total e limitação das atividades.
A duração da descarga do peso é motivo de discussão,
mas os especialistas sugerem que, quando a temperatura da pele está
normalizada, o paciente pode iniciar um programa para suportar a carga.
Atenção especial é requerida diante da suspeita de
uma neuro-osteoartropatia, recomenda-se o encaminhamento, sempre a um
centro especializado no tratamento do pé diabético.
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TRATAMENTO
CIRÚRGICO DO PÉ DE CHARCOT |
O tratamento conservador está
indicado para a grande maioria dos pacientes com pé de Charcot
e deformidades do tornozelo. Entretanto, o tratamento cirúrgico
deve ser realizado quando houver deformidades graves do pé e tornozelo
(que melhora com o uso de talas ou calçados adaptados ao cliente);
instabilidade significativa (geralmente envolvendo a parte posterior do
pé e o tornozelo); úlceras recidivantes e algumas fraturas
agudas. A estabilidade acentuada da articulação de Charcot
pode causar dor, contudo ao contrário da osteoartrite dolorosa,
a articulação de Charcot dolorosa raramente é a única
razão para a internação cirúrgica.
Figura 8 - Pé
de Charcot
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