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4- Quem são as pessoas que mais usam o LSD25? 5- Quantas pessoas usam o LSD25 ? 6- O que o LSD25 faz no corpo após uma dose (efeitos Físicos Agudos)? 7- O que o LSD25 faz no corpo (efeitos Físicos Crônicos) após o uso continuado? 8 – O que faz com a mente após uma dose (efeitos Psíquicos Agudos)? 9- O que faz com a mente após o uso continuado (efeitos Psíquicos Crônicos)? 10- O uso de LSD25 pode afetar o rendimento escolar? 11- O uso de LSD25 leva ao uso de outras Drogas? 12- Você reconhece quando alguém usa o LSD25? 13- O LSD25 é usado como medicamento? 14- As pessoas que usam LSD25 ficam dependentes? 15- As pessoas podem parar de usar? 17- O que acontece se uma pessoa for surpreendida usando LSD25? 18- O que acontece se uma pessoa for surpreendidalevando o LSD25 para usar junto com amigos? 19- Existe alguma melhora na performance sexual com o uso de LSD25? 20- O LSD25 pode ser usado na gravidez? 1- LSD25 (abreviação de dietilamida do ácido lisérgico) é uma substância que lembra outras substâncias presentes em um cogumelo a Claviceps purpurea. Embora tenha estrutura química semelhante ele não é produzido (sintetizado) pelo cogumelo e, sim, é fabricado em laboratórios. Portanto, o LSD25 é uma substância sintética (fabricada em laboratório) e não uma substância natural (fabricada ou sintetizada por uma planta). Ele produz profundas alterações mentais chamadas de alucinações (alucinação é uma percepção sem objeto, por exemplo ouvir uma trombeta sem que este som exista é uma alucinação; outro exemplo, ver coisas que não existem: bichos, objetos, etc.) 2-
O
LSD25, também
conhecido como ácido, é utilizado por via oral, ou seja, é ingerido. É um
líquido que não possui odor, 3- Em geral as pessoas usam alucinógenos como o LSD25, na intenção de ter visões e sensações novas e coloridas. O fato de tudo parecer colorido “tornaria”, por exemplo, uma festa mais alegre e diferente. Outros usam o LSD25 porque acreditam que podem ter visões reveladoras, conhecer melhor a si e aos outros (o que não é verdade). 4- Os adolescentes e jovens, principalmente de classes mais favorecidas, são os principais usuários de alucinógenos, de uma forma geral, visto serem os principais freqüentadores de festas e terem dinheiro suficiente para comprar a droga. Esporadicamente sabe-se do uso de LSD25 no Brasil e raramente a polícia apreende esta droga. 5- Em se tratando de uma droga ilegal, torna-se difícil especificar um número correto de usuário de LSD25. Sabe-se que no Brasil seu uso é pouco significativo. Em quatro levantamentos sobre o uso de drogas entre estudantes de 1º e 2º graus em 10 capitais brasileiras de 1987 a 1997, realizados pelo CEBRID de 1987 a 1997, o uso na vida de alucinógenos (incluindo o LSD) não representa nem 1% dos cerca de 50 mil estudantes entrevistados. 6- Os efeitos físicos do LSD25 incluem pupilas dilatadas, aumento da temperatura do corpo, aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, suores, perda de apetite, falta de sono, boca seca e tremores. 7- Mesmo doses muito grandes de LSD25 não chegam a intoxicar seriamente uma pessoa, do ponto de vista físico. Mas efeitos de fadiga e tensão podem ser relacionados ao uso crônico e podem durar vários dias. 8- Os efeitos do LSD25 são imprevisíveis. Dependem da quantidade ingerida, personalidade do usuário, humor e expectativas.Os efeitos aparecem de 30 a 90 minutos após a ingestão e duram aproximadamente 6 horas. Durante este período o LSD25 produz fenômenos alucinatórios que envolvem um conjunto de percepções que ocorre sem a presença de um objeto. Isto significa que, mesmo sem ter um estímulo (objeto), a pessoa pode sentir, ver e ouvir. As sensações são “reais”, provocando dor, prazer, medo, ansiedade e outras. Como exemplo, se uma pessoa ouve o latido de um cão e há mesmo um cão por perto, esta pessoa está normal; mas se ela ouve o latido e não existe nenhum cão nas proximidades, esta pessoa está alucinada, tendo uma alucinação auditiva. Do mesmo modo é possível observar um elefante na sala sem que este realmente exista, ou seja, a pessoa está tendo uma alucinação visual. 9- Além disso, o LSD25 provoca uma modificação na percepção de tempo, modificação da sensação de espaço, modificação de sensações do próprio corpo e despersonalização (a pessoa não sabe mais quem ou o que é). O usuário pode ter “uma viagem boa”e ver formas coloridas ou “uma viagem ruim” com crises depressivas. Pode ocorrer também, uma mistura de informações sensoriais chamada sinestesia, provocando sensações como ouvir uma cor, ver um som, ou seja, as sensações auditivas se traduzem em imagens e as imagens se traduzem em sons.- O uso de LSD25 pode levar ao aparecimento de “flashbacks”. Este fenômeno ocorre algum tempo (semanas ou meses) depois do uso de LSD25. É um fato de causa desconhecida que leva a pessoa, repentinamente, a ter todos os sintomas psíquicos da experiência anterior, sem ter tomado de novo a droga. O “flashback” pode ainda ser desencadeado por canseira, intoxicação alcóolica ou pelo uso abusivo de maconha. Sua ocorrência é extremamente perigosa durante a condução de um veículo, podendo gerar acidentes graves. Além disso, usuários crônicos de LSD podem manifestar psicoses como esquizofrenia ou depressão profunda. Assim, o perigo do LSD25 não está tanto na sua toxicidade para o organismo mas sim no fato de que, pela perturbação psíquica, há perda da habilidade de perceber e avaliar situações de risco. O usuário fica “fora do ar”, julga-se com capacidades ou forças irreais. Por exemplo, acha que pode voar atirando-se pela janela ou andar sobre as águas avançando mar adentro. 10- Via de regra, as pessoas que “se encontram” no LSD25 ou outras drogas alucinógenas, acabam por ficar à deriva do dia-a-dia, sem destino e objetivos que possam vir a enriquecer a vida pessoal. 11- Ainda não existem estudos que estabeleçam a existência de uma escalada no uso de drogas. Assim, não pode ser afirmado que o uso do LSD25 leva ao uso de outras drogas; O contrário também é verdadeiro: não se usa o LSD25 porque usou-se antes alguma outra droga. Isto pode até ser ocorrido mas não há uma relação de causa-efeito. 12- Dificilmente pode-se perceber tal fato por modificações da aparência física do usuário. É possível notar, quando for o caso, alterações no humor e surgimento de psicoses. Mas estes sintomas podem surgir por muitas causas e não são, portanto, especificar para o LSD25. 13- O Ministério da Saúde do Brasil não reconhece uso médico do LSD25 e proíbe totalmente a produção, comércio e uso do mesmo no território nacional. A Organização Mundial da Saúde e as Nações Unidas consideram o LSD25 como uma droga proscrita, isto é, proibida. 14- O LSD25 não leva comumente a estados de dependência visto que não produz comportamentos compulsivos para sua obtenção. No entanto, para certas pessoas, os efeitos do LSD25 podem ser considerados como uma “experiência positiva” ou algo “místico” e estas pessoas podem se apresentar dependentes, isto é não mais conseguem viver sem a droga. 15- A maioria dos usuários de LSD25 diminui ou pára o uso da droga com o tempo, por conta própria. Caso isso não ocorra, é possível procurar tratamento auxiliar. 16- O fenômeno de tolerância desenvolve-se ou seja, a pessoa precisa de doses cada vez maiores para sentir os mesmos efeitos. Mas, também, há rápido desaparecimento da mesma com o parar do uso. 17- No Brasil, usar ou traficar drogas é crime, e a pessoa responderá por isto. No caso do LSD25 é quase impossível surpreender alguém utilizando visto se tratar de um papel minúsculo, embebido com a droga, que será ingerido. 18- A lei nº 6368, de outubro de 1976, chamada de “lei antitóxico”, no seu artigo 12, classifica como traficante de droga tanto a pessoa que possui laboratórios clandestinos que sintetizam o LSD25 como aquela que simplesmente o oferece a um amigo, ainda que gratuitamente. 19- Não. O usuário de LSD25, sob o efeito da droga, tem as sensações centradas no “eu”, não dando atenção a nada que não faça parte dele. Assim, caso ocorra um envolvimento sexual, o parceiro passa a ser mero suporte. O usuário não consegue estabelecer um vínculo emocional com seu parceiro. 20- Experiências em animais mostram que o LSD25 prejudica a futura prole quando ele é administrado a uma fêmea prenhe. Entretanto, não existem dados a respeito com o ser humano. Mas, pode-se dizer que o LSD25 não deve ser utilizado por uma mulher grávida porque gravidez e droga, qualquer que ela seja, não combinam de jeito nenhum. Esta é uma regra que deve ser seguida a risca; a única exceção é quando um medicamento é receitado pelo próprio médico. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO |