3.
As Nações Unidas preocupadas
com o consumo das anfetaminas anoréticas
na América do Sul.
O
International Narcotic Control Board
(INCB) das Nações Unidas
fiscaliza o consumo de medicamentos
indutores da dependência, como
é o caso das drogas anoréticas
do tipo anfetamina, em todo o mundo.
No seu relatório anual, o INCB
comenta a situação de
cada país. Vejamos o que é
dito nos anos 1998-2000.
1998
- Em relação às
substâncias psicotrópicas,
uma das principais preocupações
na região (América do
Sul) continua a ser o abuso de estimulantes
na forma de anoréticos. Os três
países mais diretamente afetados
por tal abuso, Argentina, Brasil e Chile,
tomaram, por recomendação
nossa, medidas legislativas/administrativas
para lidar com o problema. Uma diminuição
de tal abuso já foi relatada
pelo Chile, enquanto a Argentina e o
Brasil estão ainda tentando superar
as dificuldades de implementação
das mudanças legislativas/administrativas
devido às suas grandes dimensões
territoriais. 1999 -
Na América do Sul, um dos problemas
principais segue sendo o uso indevido
de estimulantes do tipo anfetamina em
forma de anorexígenos fabricados
pela indústria farmacêutica.
No Brasil, um dos países mais
afetados pelo abuso do sistema de receitas
de estimulantes, prevê-se que
os novos regulamentos e mecanismos de
controle ajudarão a reduzir os
altos níveis de consumo dessas
substâncias. Na Argentina e Chile
já se conseguiram progressos
importantes. 2000 -
Na primeira metade da década
de 1990, o consumo de estimulantes do
tipo anfetamina como anorexígenos
alcançou níveis excessivamente
altos em alguns países das Américas.
Satisfaz o INCB observar que medidas
decisivas tomadas por alguns dos países
mais afetados, como a Argentina e Chile,
resultaram em importantes reduções
no nível de consumo dos estimulantes
do tipo anfetamina utilizados como anorexígenos.
Nos últimos anos, a maioria dos
governos da América do Sul melhorou
seus regulamentos sobre a utilização
de fórmulas magistrais para a
prescrição de estimulantes
do tipo anfetamina, mas os governos
devem continuar vigiando a situação.
Nota
do CEBRID: Nota-se que o INCB parece
não saber exatamente o que ocorre
no Brasil. Este fato contrasta com a
firme declaração de melhora
do quadro na Argentina e Chile. |