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Boletim CEBRID
Número 43 Fevereiro 2001

Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas

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3.
As Nações Unidas preocupadas com o consumo das anfetaminas anoréticas na América do Sul.

O International Narcotic Control Board (INCB) das Nações Unidas fiscaliza o consumo de medicamentos indutores da dependência, como é o caso das drogas anoréticas do tipo anfetamina, em todo o mundo. No seu relatório anual, o INCB comenta a situação de cada país. Vejamos o que é dito nos anos 1998-2000.

1998 - Em relação às substâncias psicotrópicas, uma das principais preocupações na região (América do Sul) continua a ser o abuso de estimulantes na forma de anoréticos. Os três países mais diretamente afetados por tal abuso, Argentina, Brasil e Chile, tomaram, por recomendação nossa, medidas legislativas/administrativas para lidar com o problema. Uma diminuição de tal abuso já foi relatada pelo Chile, enquanto a Argentina e o Brasil estão ainda tentando superar as dificuldades de implementação das mudanças legislativas/administrativas devido às suas grandes dimensões territoriais.
1999 - Na América do Sul, um dos problemas principais segue sendo o uso indevido de estimulantes do tipo anfetamina em forma de anorexígenos fabricados pela indústria farmacêutica. No Brasil, um dos países mais afetados pelo abuso do sistema de receitas de estimulantes, prevê-se que os novos regulamentos e mecanismos de controle ajudarão a reduzir os altos níveis de consumo dessas substâncias. Na Argentina e Chile já se conseguiram progressos importantes.
2000 - Na primeira metade da década de 1990, o consumo de estimulantes do tipo anfetamina como anorexígenos alcançou níveis excessivamente altos em alguns países das Américas. Satisfaz o INCB observar que medidas decisivas tomadas por alguns dos países mais afetados, como a Argentina e Chile, resultaram em importantes reduções no nível de consumo dos estimulantes do tipo anfetamina utilizados como anorexígenos.
Nos últimos anos, a maioria dos governos da América do Sul melhorou seus regulamentos sobre a utilização de fórmulas magistrais para a prescrição de estimulantes do tipo anfetamina, mas os governos devem continuar vigiando a situação.

Nota do CEBRID: Nota-se que o INCB parece não saber exatamente o que ocorre no Brasil. Este fato contrasta com a firme declaração de melhora do quadro na Argentina e Chile.


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