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Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas |
EPIDEMIOLOGIA 6. Quanto bebe o jovem brasileiro? "Drogas: Cartilha álcool e jovens" Nova publicação da SENAD! É uma constatação que tem de ser levada em conta por aqueles envolvidos com a problemática dos malefícios causados pelo álcool: o jovem brasileiro bebe antes de completar os 18 anos de idade. No levantamento sobre o consumo de drogas por estudantes brasileiros realizado pelo CEBRID em 1997, nas 10 maiores capitais brasileiras, obtivemos prova desta realidade. Isto foi confirmado em outros levantamentos. Como exemplos: • 1997. 7,0% dos estudantes (quase todos com menos de 18 anos) de Belém relataram beber 20 ou mais vezes por mês (uso pesado); na faixa etária de 10 a 12 anos, 53,2% já haviam utilizado bebida alcoólica pelo menos uma vez na vida. Em Porto Alegre, os valores eram de 7,7% e 55,2%. • 2001. No I Levantamento Domiciliar nas 107 maiores cidades brasileiras, 1,5% dos entrevistados de 12 a 24 anos declararam consumir álcool pelo menos três vezes por semana. • 2004. É realizado o V Levantamento Nacional entre Estudantes. Os resultados foram: 6,6% dos estudantes de 10 a 18 anos relataram uso pesado de álcool. Na faixa etária de 10 a 12 anos, o uso na vida chegou a 41,5% dos entrevistados. Diante desta dura realidade, torna-se fundamental que sejam estabelecidos programas educacionais que visem proteger os jovens brasileiros dos malefícios da intoxicação aguda pelo álcool. Trata-se, sim, de iniciar sem mais tardar um programa de redução de danos a respeito. Ensinar jovens a não se embriagarem quando ingerirem álcool, por exemplo, em festas, a evitarem acidentes vários, a não se exporem a situações humilhantes, a agressões, etc., são medidas já aceitas em muitos países e reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde. Neste sentido, queremos parabenizar a SENAD pela publicação de um excelente livreto: "Drogas: Cartilha álcool e jovens". Em linguagem clara e com excelentes ilustrações, procura discutir com os jovens aspectos relativos à abstinência ou consumo moderado e riscos à saúde. É isso aí, SENAD! Um belo trabalho.
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UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SÃO PAULO |