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Boletim CEBRID
Número 47 Janeiro a Março 2003

Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas

DROGAS PSICOTRÓPICOS: MUNDO CÃO; MUNDO LOUCO

5. Tratamento de substituição para usuários de anfetaminas por via endovenosa.
Isto, na Inglaterra.
Charmand, B. and Griffiths, V. Levels of intravenous drug misuse among clients prescribed oral dexamphetamine or oral methadone: a comparison. Drug and Alcohol Dependence 52, 79-84, 1998.

Este é um estudo muito atual, dado ser o chamado tratamento de substituição algo que ocupa a agenda de pesquisas de vários países e órgãos internacionais como a OMS e o INCB.

Basicamente, este tratamento consiste em fornecer ao dependente uma droga do mesmo grupo da que causou a dependência. Por exemplo, dar metadona ao dependente de heroína ou morfina. Esta modalidade terapêutica já aceita por muitos países e reconhecida pelos organismos internacionais tem dois pressupostos: primeiro, os outros tratamentos disponíveis falharam para os pacientes que entram na substituição; segundo, com esta modalidade recupera-se o contato e pode-se encorajar ou orientar o dependente a entrar em outras formas de tratamento.

O trabalho acima procurou verificar se usuários por via endovenosa de anfetaminas (sem precisar qual; produtos do mercado negro) passando a receber dexanfetamina por via oral, sob forma de um xarope, nas doses de 15 a 25mg, diminuiriam o uso endovenoso ilegal. Sessenta usuários por via endovenosa (pelo menos uma vez por dia nos últimos seis meses) aceitaram participar. Ao fim de uma mediana de dez meses (variação 1 a 74 meses) 42 dos usuários deixaram por completo a via endovenosa e 16 diminuíram o uso por esta via.

Os autores concluem que o tratamento de substituição para dependentes não deveria ser somente para dependentes de opiáceos.


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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
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