DROGAS
PSICOTRÓPICOS: MUNDO CÃO; MUNDO LOUCO
5. Tratamento
de substituição para usuários de anfetaminas por via endovenosa. Isto,
na Inglaterra. Charmand, B. and Griffiths, V. Levels
of intravenous drug misuse among clients prescribed oral
dexamphetamine or oral methadone: a comparison. Drug
and Alcohol Dependence 52, 79-84, 1998.
Este é um estudo
muito atual, dado ser o chamado tratamento de substituição
algo que ocupa a agenda de pesquisas de vários países e
órgãos internacionais como a OMS e o INCB.
Basicamente, este tratamento
consiste em fornecer ao dependente uma droga do mesmo grupo
da que causou a dependência. Por exemplo, dar metadona ao
dependente de heroína ou morfina. Esta modalidade terapêutica
já aceita por muitos países e reconhecida pelos organismos
internacionais tem dois pressupostos: primeiro, os outros
tratamentos disponíveis falharam para os pacientes que entram
na substituição; segundo, com esta modalidade recupera-se
o contato e pode-se encorajar ou orientar o dependente a
entrar em outras formas de tratamento.
O trabalho acima procurou
verificar se usuários por via endovenosa de anfetaminas
(sem precisar qual; produtos do mercado negro) passando
a receber dexanfetamina por via oral, sob forma de um xarope,
nas doses de 15 a 25mg, diminuiriam o uso endovenoso ilegal.
Sessenta usuários por via endovenosa (pelo menos uma vez
por dia nos últimos seis meses) aceitaram participar. Ao
fim de uma mediana de dez meses (variação 1 a 74 meses)
42 dos usuários deixaram por completo a via endovenosa e
16 diminuíram o uso por esta via.
Os autores concluem que
o tratamento de substituição para dependentes não deveria
ser somente para dependentes de opiáceos.
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