MEDICAMENTOS
PSICOTRÓPICOS: PESQUISA
3. GHB; Gama-hidroxibutirato;
Êxtase Líquido; Superêxtase, etc.
Um pequeno
folheto educativo publicado pelo Governo Australiano (Drugs
in Society, June 2000) traz informações sobre o GHB, substância
que está ganhando cada vez mais evidência nas festas “rave”
também acontecendo no Brasil (ver item 9 do Boletim CEBRID
no 45). Nestas reuniões, ao som do mundo “tecno” há consumo
de drogas, sendo a MDMA (êxtase) a mais conhecida.
O GHB é
um depressor do sistema nervoso central (SNC), tendo no
passado sido utilizado como agente anestésico. Não tem cor
ou odor e quando misturado à água ou álcool, passa desapercebido.
Dependendo da dose, deixa as pessoas desamparadas devido
a um certo grau de inconsciência. Tem sido, por esta razão,
utilizado para facilitar estupros sendo mesmo chamado de
“rape drug” (droga do estupro) e as festas de “rape date”
(encontro do estupro) em outros países.
Existe
a crença (ainda não confirmada) de que o GHB estimula a
produção do hormônio do crescimento e por esta razão a droga
atingiu certa popularidade entre os fisiculturistas.
Os efeitos
do GHB variam de pessoa para pessoa e depende também da
dosagem. Ele age rapidamente, 5 a 15 minutos após a ingestão
e atinge o máximo de efeito cerca de 40 minutos depois.
Nas doses menores, produz sensação de bem estar (euforia),
tontura e aumento da autoconfiança. Nas doses mais elevadas
predomina o efeito depressor, aparecendo desorientação,
ansiedade, confusão, visão turva, alucinações. Pode ocorrer
também náusea, vômitos, tremores e dificuldade respiratória.
Estes efeitos são potencializados pelo uso concomitante
de álcool ou outros depressores do SNC (como os ansiolíticos).
Nos casos
de “overdose”, pode ocorrer colapso respiratório, levando
a um estado comatoso que requer hospitalização. Estes casos
podem ocorrer mais freqüentemente quando o GHB é tomado
junto com bebidas alcoólicas.
Já existem
alguns casos descritos de dependência de GHB, principalmente
com o uso prolongado de doses elevadas. Nestes casos podem
ocorrer, à retirada da droga, sintomas de abstinência como
agitação, ansiedade, insônia e tremores, que persistem por
4 a 12 dias.
Na Austrália
a polícia recomenda às pessoas que freqüentam festas “rave”
que vigiem constantemente seus copos de bebidas.
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