14. Tambolelê de Belo
Horizonte: um grupo fascinante e emocionante 22 de junho de
2001. Na Abertura do III
Encontro Mineiro de Prevenção e Tratamento da Dependência
Química, um belíssimo
espetáculo encantou todos os presentes. Um grupo de cerca
de 30 jovens e crianças (dentre estas uma com talvez uns,
no máximo, 5 anos), moradores do bairro Nova Glória,
na periferia belo horizontina, percutindo os mais variados tambores,
siderou a todos com um envolvente e magnífico ritmo afro-mineiro.
"Nova Glória
é um bairro que tem uma população carente,
mas que ainda não é
violenta. É
justamente para evitar que a violência aumente por aqui que
resolvemos manter o projeto, que é preventivo mesmo. Antes
do Tambolelê, o número de crianças e jovens
ociosos no bairro era bem maior. Não temos uma praça,
um local de encontro para a garotada, que ficava solta pelas ruas,
nos bares. Agora aqui é o seu ponto de encontro" informaram Sérgio Pererê,
Giovane Sassá e Santone Lobato, formadores do grupo.
Uma participante
do grupo, 17 anos, diz contente: "antigamente,
o povo ficava solto no bairro, não havia nenhuma atividade
neste sentido. Aqui eu descobri o que realmente é cultura".
É da Europa
que vêm os principais recursos para a manutenção
de projeto do Tambolelê. E a organização não-governamental
IMS (Instituto Marista de Solidariedade) garante o aluguel da ampla
casa de seis cômodos que se tornou a sede do projeto.
O diretor do CEBRID,
presente ao evento, é de opinião que dificilmente
poder-se-ia imaginar um trabalho mais sério de prevenção
(à violência, ao uso de drogas, etc.). E parabeniza
o presidente do III Encontro (aliás de excelente qualidade),
Anthero Drummond Jr., de nos proporcionar uma vibrante e agradabilíssima
demonstração do que pode ser feito quando se fala
em prevenção.
E-mail: tambolelê@aol.com |