EPIDEMIOLOGIA
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Pesquisa Domiciliar Sobre o Uso de Drogas
no Estado de São Paulo: Aspectos
da dependência.
No
levantamento realizado em 1999 pelo
CEBRID envolvendo as 24 maiores cidades
com mais de 200 mil habitantes no Estado
de São Paulo, estimou-se que
10,9% da população masculina
e 2,5% da feminina eram dependentes
de álcool. Na média havia
6,6%. Por outro lado, as porcentagens
para a dependência do tabaco não
são tão díspares,
sendo que para o sexo masculino havia
10,0% de dependentes e o feminino 8,7%.
A média foi de 9,3%. Analisando-se
separadamente os componentes da dependência
(sinais/sintomas), as maiores prevalências
aparecem para a vontade de diminuir
ou parar o uso de bebidas alcoólicas,
com 7,3% para o uso do álcool
e para o tabaco 16,2%. Em segundo lugar
aparece o sinal/sintoma do "uso
em quantidades ou freqüências
maiores do que se pretendia":
álcool (6,6%) e tabaco (7,9%)
das respostas.
Estes
dados ilustram bem o conceito de dependência
à luz do existencialismo que
afirma ser a dependência a "perda
da liberdade de escolha". Embora
exista o desejo de parar ou diminuir
o uso, a compulsão ofusca essa
vontade. |