Procedimento Anestésico - Complicação Pós-Anestésica

Durante a permanência do paciente na SRPA, diversas complicações pós-anestésica e cirúrgica podem surgir devendo a equipe de enfermagem e médica está pronta para identificar e prevenir tais complicações e intervir com qualidade e rapidez.

Peniche e Bianzon (2008) fizeram um estudo retrospectivo em prontuários com o objetivo de identificar as principais complicações de cirurgias primárias de lábio e palato em um hospital em São Paulo. Teve como resultado a dor como a complicação mais presente correspondendo a 22,3%, seguida de desaturação de oxigênio em 17,4% e taquicardia com freqüência cardíaca de 175 batimentos por minutos em 16,74% dos casos estudados.(5)

Em outro estudo descritivo e exploratório de Miyake, Diccini et all (2002) realizado na SRPA de um hospital geral universitário em São Paulo, dos 53 pacientes adultos analisados, 25 (47%) apresentaram complicações e entre elas estão hipotensão arterial (34%), calafrios e tremores (16%), dor (9%), náuseas (9%), agitação e bradicardia sinusal (7%).(29)

As complicações podem ser classificadas em: respiratória, cardiovascular, térmica, gastrointestinal, urológica e outras complicações


RESPIRATÓRIAS

1. Hipóxia

É definido como o reduzido suprimento de oxigênio no sangue arterial, capilar ou venoso, ou ainda a redução da saturação da hemoglobina.(24)

Pode ser resultado: diminuição da tensão do oxigênio inspiratório, obstrução das vias aéreas, broncoespasmos ou laringoespasmos, tremores, convulsões, hipertermia, hipoventilação e atelectasia; e tem como fatores predisponentes a anestesia geral, tempo prolongado do procedimento anestésico e o tabagismo.(34,9)

Já a hipoventilação pode ser definida como a diminuição da ventilação alveolar, resultando em hipoxemia (diminuição da PaO2) e hipercapnia (aumento da PaCO2) sendo a causa mais comum de hipóxia no pós-operatório.(34,9)

Os sinais e sintomas apresentados pelo paciente são: pulso rápido e cheio, hipertensão arterial, cianose, ansiedade, agitação e confusão, aumento do tônus muscular, taquicardia seguida de bradicardia e pressão parcial do oxigênio arterial (PaO2) abaixo do normal.

Para a Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) é obrigatório o uso de oxímetro de pulso na sala de recuperação pós-anestésica, pois ele fornece uma indicação não-invasiva contínua da saturação de oxigênio arterial da hemoglobina funcional e da freqüência de pulso, sendo um alerta no caso de hipóxia.(22,41)

Entre as ações de enfermagem estão :(34)

    - Aumentar a oferta de oxigênio através da administração por máscara facial simples ou com Venturi e quando estiver entubado, utilizar uma peça em forma de “T”;
    - Verificar de existe falha na montagem do circuito do ventilador mecânico, caso o paciente esteja entubado com ventilação mecânica;
    - Administrar medicamentos conforme prescrição ou protocolo estabelecido (digitálicos, vasopressores, bronquiolíticos);
    - Monitorar a evolução através da análise seriada dos gases sanguíneos (gasometria);
    - Solicitar ao paciente para realizar respiração profunda, bem como fisioterapia periódica;
    - Monitorizar os sinais vitais;
    - Registrar as atividades desenvolvidas.

2. Obstrução das vias aéreas superiores

A primeira prioridade no cuidado ao paciente em pós-operatório imediato é estabelecer uma via aérea pérvia.

Os pacientes com obstrução das vias aéreos superiores apresentam batimentos de asas de nariz, retração do esterno e dos espaços intercostais, com elevação do abdômen, caracterizando respiração paradoxal. (22)

As causas podem ser devido a laringoespasmo, edema da traquéia, paralisia das cordas vocais e queda da língua. Esta última ocorre devido a seu relaxamento por causa dos agentes anestésicos e relaxantes musculares usados durante a cirurgia. (41)

Entre as intervenções de enfermagem estão em estimular o paciente a respirar fundo, posicioná-lo de lado ou fornecer oxigênio suplementar. Se não responder positivamente, o enfermeiro deve abrir as vias aéreas com uma manobra de fixar o queixo ou abrir a mandíbula e na colocação de uma cânula naso ou orofaríngea e também pode ser posicionado do lado direito permitindo que a língua se mova para frente permitindo que as vias aéreas permaneçam abertas(41). Se estas ações não permitirem a abertura das vias aéreas, pode ser necessária a colocação de uma via aérea artificial.

3.Laringoespasmo

O laringoespasmo promove um estreitamento laríngeo e está geralmente relacionado com trauma direto ou com a presença de secreções nessa área. Deve ser corrigido com aspiração, correto posicionamento da cabeça e respiração assistida com um sistema bolsa-máscara e oxigênio à 100% (22). Os músculos da laringe contraem-se e obstruem, parcial ou completamente, as vias aéreas e o paciente torna-se hipoxêmico. Entre as ações de enfermagem e médica a estes pacientes são:(41)

    - Remoção do estímulo irritativo;
    - Aspiração de secreções;
    - Hiperextensão do pescoço;
    - Promover oxigenação;
    - Possivelmente, administração de epinefrina racêmica (oticamente inativa) em aerossol.

4. Edema da traquéia

Caracteriza-se pela presença de estridor durante a respiração e pode ocorrer após a manipulação cirúrgica, por pressão exagerada do balonete, por tração inadvertida durante a cirurgia e por reação alérgica.

O tratamento consiste em colocar o paciente na posição próclive, nebulização aquecida com oxigênio e epinefrina, beclometasona, dexametasona venosa e se for necessário, a reintubação com um tubo endotraqueal mais fino do que o usado durante a cirurgia.(22)

5. Broncoespasmo

Observa-se geralmente em pacientes com história pregressa de asma ou bronquite asmatiforme.(22)

Caracteriza-se por uma obstrução das vias aéreas baixas causada por espasmos dos tubos brônquicos podendo provocar um fechamento completo pela ausência de cartilagem nos bronquíolos. O paciente apresenta sibilo, dispnéia, uso de músculos acessórios e taquipnéia(41). Pode resultar de aspiração, sucção da faringe ou liberação de histamina secundária a uma resposta alérgica ou relacionada como o uso de alguma medicação tendo como sinais e sintomas dispnéia, sibilos e queixas do paciente. (9,22,41)

Entre as ações de enfermagem estão: (34)

    - Observar rigorosamente a função respiratória: expansibilidade pulmonar e alterações na frequência, no ritmo e na profundidade da respiração;
    - Estimular o paciente sonolento a respirar profundamente;
    - Monitorar a saturação de oxigênio, quando necessário;
    - Realizar ausculta pulmonar, para detectar precocemente broncoespasmo e presença de secreções;
    - Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/min.) através de máscara facial simples ou com Venturi ou de uma em forma de “T”;
    - Iniciar nebulização com oxigênio, quando necessário;
    - Administrar medicamentos prescritos (broncodilatadores, hidrocortisona) ou protocolos estabelecidos;
    - Se o broncoespasmo e a dispnéia persistirem, providenciar material para entubação e ventilação do paciente;
    - Aspirar as vias aéreas superiores, quando necessário;
    - Registrar as atividades desenvolvidas.

6. Hipoventilação

A ventilação depende da freqüência respiratória e do volume corrente. Ocorre a hipoventilação quando ocorre diminuição da ventilação alveolar, resultando em hipoxemia (diminuição da PaO2) e hipercapnia (aumento da PaCO2). (9,34)

Entre as causas da hipoventilação está a depressão do sistema nervoso central em conseqüência de efeito residual de anestésicos e analgésicos potentes; efeito residual de bloqueadores neuromusculares; acúmulo de secreção orotraqueal; paralisia muscular residual; alcalose metabólica; hipotermia; embolia pulmonar; insuficiência cardíaca, obesidade e broncoespasmo. (9,34)

Como sinais e sintomas da hipoventilação têm-se a acidose respiratória, hipóxia e apnéia.(22,34)

Entre as ações de enfermagem destaca-se:

    - Instalar ventilador mecânico em paciente entubado;
    - Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/min.) através de máscara facial simples ou com Venturi e quando o paciente estiver entubado, utilizar uma peça em forma de “T”;
    - Monitorizar pressão parcial do oxigênio arterial (PaO2) e pressão parcial do dióxido de carbono arterial (PaCO2) transcutâneo;
    - Instalar oxímetro de pulso;
    - Aspirar secreção orotraqueal quando for necessário;
    - Elevar o decúbito;
    - Administrar analgésico, conforme prescrição médica ou protocolos estabelecidos;
    - Monitorar sinais vitais;
    - Registrar as observações e os cuidados prestados ao paciente.

7. Edema agudo de pulmão

É definido como retenção aumentada de líquidos isotônicos, principalmente em idosos e portadores de cardiopatia. Os sintomas mais comuns são taquipnéia, dispnéia, angústia respiratória, estertores e sibilos à ausculta pulmonar, pele fria e pegajosa e eliminação de secreção rósea espumosa pela orofaringe ou pelo tubo endotraqueal.

O tratamento baseia-se na redução do líquido que retorna ao coração, mediante a diminuição do retorno venoso, a indução da diurese através da administração de diuréticos e o alívio dos sintomas respiratórios através da administração de aminofilina (a critério médico) e oxigênio por cateter nasal.

8. Atelectasia

Consiste na ausculta de estertores na região pulmonar, febre, produção de secreções brônquicas espessas e alterações radiológicas.(9,22)

Entre as causas da atelectasia estão o mau posicionamento do tubo traqueal, volume corrente pequeno, ausência de suspiros, secreções e a diminuição da complacência toracopulmonar. O diagnóstico é confirmado através de uma radiografia simples de tórax. (22)

O tratamento pode durar até sete dias e consiste em fisioterapia, incentivar o paciente a tossir e a inspirar profundamente e espirometria de incentivo. Deve-se intensificar os cuidados pós-operatório de abdômen superior, pois ocorre uma diminuição da mobilidade do diafragma durante o período pós-operatório, aumentando a chance do surgimento de atelectasia.(22)


CARDIOVASCULARES

1. Hipotensão arterial

Pode ser definida quando a pressão arterial aferida se mostra 20% menor que a obtida no período pré-operatório. As causas mais comuns incluem reposição inadequada de perdas sanguíneas no intra-operatório, efeito residual dos anestésicos ou bloqueio espinhal prolongado, septicemia, transfusão de sangue incompatível com o do paciente, dor, sangramento e algumas drogas utilizadas como, anestésicos inalatórios (halotano, eflurano), bloqueadores beta-adrenérgicaos (propanolol, barbitúricos), drogas vasodilatadoras (nitroglicerina, nitroprussiato, clorpromazina, droperidol, opiáceos).(34,45)

Os sinais clínicos da hipotensão são: pulso rápido e filiforme, desorientação, agitação, oligúria, pele fria e pálida. A causa mais comum de hipotensão é a hipovolemia, portanto a primeira intervenção é aumentar a velocidade da hidratação venosa enquanto se busca um diagnóstico específico.(41)

Entre as intervenções de enfermagem estão:(34,45,50)

    - Verificar a pressão arterial com um manguito de tamanho adequado à circunferência do braço do paciente;
    - Proporcionar acesso venoso adequado ou mantê-lo;
    - Manter pressão arterial média acima de 60 mmHg e menor que 110 mmHg;
    - Elevar membros inferiores ou colocá-los em posição trendlemburg, caso não haja restrição devido a co-morbidade, como, insuficiência cardíaca congestiva (ICC);
    - Administrar medicação conforme prescrição médica;
    - Realizar monitorização cardíaca;
    - Fornecer suplementação de oxigênio;
    - Registrar no prontuário as observações e os cuidados prestados.

2. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

Considera-se HAS quando a pressão arterial média está acima de 110mmHg em condições de repouso sendo definida quando há um aumento de 20% a 30% do nível basal do paciente ou do pré-operatório.(34,45)

Entre as causas da HAS estão a dor, sobrecarga de volume ou edema pulmonar provocando um aumento do débito cardíaco, ansiedade, vasoconstricção reflexa por hipotermia, hipoxemia, hipercapna, e distensão abdominal e vesical, drogas utilizadas durante a anestesia como quetamina, metoxamina e efedrina; e condição intercorrente como feocromocitoma, hipertireoidismo, elevação da pressão intracraniana, toxemia e pré-eclâmpsia.(34,41)

Entre os sinais e sintomas destaca-se cefaléia, alterações visuais, pressão arterial maior que 20% do nível basal do paciente ou do pré-operatório e elevação da pressão arterial.(34)

Entre as intervenções de enfermagem estão: (34,45)

    - Verificar a pressão arterial com freqüência, a cada cinco minutos até a estabilidade dos níveis pressóricos;
    - Fornecer suplementação de oxigênio;
    - Verificar a freqüência e padrão respiratório;
    - Proporcionar acesso venoso adequado ou mantê-lo;
    - Manter normotermia através de cobertor comum ou manta térmica;
    - Manter PAM (pressão arterial média) acima de 60 mmHg e menor que 110 mmHg;
    - Observar queixa dolorosa ou de desconforto;
    - Verificar retenção urinária e presença de bexigoma;
    - Realizar balanço hídrico;
    - Observar agitação psicomotora;
    - Verificar nível de consciência;
    - Administrar medicação conforme prescrição médica;
    - Registrar no prontuário a assistência prestada e observações.

3.Hipovolemia

A hipovolemia reduz o débito cardíaco e pode ser provocada por hemorragia, desidratação (reposição hídrica inadequada) ou aumento da pressão expiratória final positiva (PEEP).(34)

Entre as intervenções de enfermagem estão: (34,45)

    - Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/minuto);
    - Repor líquidos de acordo com a prescrição médica;
    - Observar sinais de sangramento no curativo da ferida operatória e nos locais de inserção de drenos;
    - Calcular o débito e verificar o aspecto do líquido drenado de cateteres e sondas;
    - Realizar o balanço hídrico frequentemente;
    - Elevar membros inferiores;
    - Monitorar os sinais vitais e avaliação da dor;
    - Manter acesso venoso calibroso;
    - Tratar a vasodilatação com vasopressores ou elevação dos membros inferiores do paciente;
    - Manter o material de atendimento de emergência próximo;
    - Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico se for necessário;
    - Registrar ano prontuário a assistência prestada e observações.

4. Taquicardia sinusal

Ocorre quando a frequência cardíaca em um adulto ultrapassa 100 batimentos por minuto acarretando em aumento do trabalho cardíaco e do consumo de oxigênio pelo miocárdio com risco de isquemia e infarto.(34,41)

As causas abrangem dor, ansiedade, complicações respiratórias, insuficiência cardíaca, infecção, drogas como atropina, efedrina, adrenalina e quetamina, estresse, hipotensão, hipercapnia, hipertermia e hipovolemia.(34,45)

Os sinais e sintomas estão relacionados a freqüência cardíaca de até 150 batimentos por minuto e a onda P, o complexo QRS e a onda T estão normais; Sinais de hipovolemia como pele fria e úmida, pulso fino e veias colabadas; sinais de hipervolemia confirmada através do pulso cheio, veias distendidas, pressão arterial normal ou elevada.(34)

Entre as intervenções de enfermagem estão:(34,45)

    - Monitorar a função cardíaca;
    - Controlar sinais vitais;
    - Manter a oximetria de pulso;
    - Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/minuto);
    - Administrar medicação conforme prescrição médica;
    - Repor perdas líquidas;
    - Orientar o paciente quanto ao seu estado geral;
    - Providenciar material para atendimento de urgência;
    - Registrar no prontuário a assistência prestada e observações.

5. Bradicardia sinusal

Ocorre quando a frequência cardíaca em um adulto está abaixo de 60 batimentos por minuto.(41)

São causadas por hipoxemia, hipotermia, bloqueio simpático alto após anestesia espinhal, estimulação vagal, aumento da pressão intracraniana, hipotermia, acidose, hipoxemia, hipotireoidismo e uso de medicamentos digitálicos.(34,41,45)

Entre as intervenções de enfermagem estão: (34,45)

    - Controlar sinais e sintomas;
    - Monitorar a função cardíaca e a oximetria de pulso;
    - Verificar sinais vitais;
    - Administrar oxigênio úmido 2 – 5 litros/minuto;
    - Administrar medicação conforme prescrição médica;
    - Providenciar material para implante de marcapasso temporário ou permanente;
    - Providenciar material para atendimento de urgência;
    - Registrar no prontuário a assistência prestada e as observações.

COMPLICAÇÕES TÉRMICAS

1. Hipotermia

Considera-se hipotermia uma temperatura corporal menor que 36ºC. Zappelini, Sakae, Bianchini e Brum (2008) fizeram uma pesquisa que avaliou a hipotermia na sala de recuperação pós-anestésica em pacientes submetidos a cirurgias abdominais com duração maior de duas horas, tendo como resultado que a média de temperatura após a cirurgia de 34,5°C (DP± 1,1°C), variando de 32,0 a 36,5°C. Na análise da hipotermia no pós-operatório em relação à faixa etária, nos pacientes com 60 anos ou mais, foi encontrada uma temperatura média inferior em 0,5°C. E os que permaneceram mais tempo na SRPA tiveram uma média de temperatura inferior quando receberam alta em relação ao grupo que permaneceu por menor tempo. Isso mostra a dificuldade da recuperação anestésica em pacientes hipotérmicos. (49)

O estudo acima confirma os dados de que os idosos têm menor capacidade de manter a temperatura do que os jovens devido à diminuição na capacidade de elevar a taxa metabólica e à diminuição da resposta vasomotora ao frio. (22)

Alguns fatores associados à hipotermia perioperatória são: temperatura da sala e sua regulação, a técnica anestésica, cirurgia de grande porte, tempo prolongado de procedimento cirúrgico, administração de produtos derivados de sangue frio, infusão intravenosa de líquidos à temperatura ambiente, agentes anestésicos inalatórios, radiação, evaporação associado com a troca de gases podem também contribuir para o desenvolvimento de hipotermia perioperatória podendo ser amenizado através do aquecimento e umidificação dos gases anestésicos. A exposição do paciente aos preparativos cirúrgicos também facilitam a perda de calor corporal(7). Todos estes fatores interferem na SRPA.

Embora existam maneiras destinadas a evitar hipotermia durante o pré e intraoperatório, os pacientes são admitidos na SRPA com hipotermia. Comunicar antecipadamente a SRPA as condições do paciente, incluindo aqueles hipotérmicos antecipará intervenções de enfermagem com o objetivo de restaurar o equilíbrio térmico do paciente devendo ser prioritárias. As intervenções destinadas a diminuir a perda de calor cutâneas incluem exposição mínima do paciente, o uso de cobertor, superfície e reaquecimento.(7)

Entre as causas de perda de calor do paciente cirúrgico estão: (45)

    - Na anestesia geral, a depressão do hipotálamo, deprime o mecanismo regulador da temperatura e a anestesia espinhal devido à vasodilatação periférica e ao bloqueio das fibras nervosas e motoras;
    - Salas de cirurgia frias, anti-sepsia realizada com agentes químicos frios e/ou com o paciente descoberto, abertura das cavidades torácicas ou abdominais e gases frios e anestésicos com potencial de vasodilatação.

A hipotermia é acompanhada de vasoconstricção, que pode diminuir a perfusão periférica e causar acidose metabólica. Pode também prejudicar a função plaquetária, afetar a repolarização cardíaca e causar anormalidades na onda T no ECG. Além do que, ocorre a presença de tremores devido a maior produção de calor ocasionando um aumento do consumo de oxigênio em até 80%(22). Estes tremores podem ser revertidos com a utilização de mantas térmicas ou com administração de medicamentos.

As principais complicações da hipotermia são os tremores, depressão respiratória, elevação da resistência vascular periférica e pulmonar, aumento do trabalho cardíaco, arritmias cardíacas, ação prolongada das drogas anestésicas e diminuição do metabolismo. (45)

Para prevenir a hipotermia algumas ações devem ser tomadas: (34,45)

    - Encaminhar o paciente coberto ao centro cirúrgico;
    - Evitar exposição desnecessária do indivíduo na sala de cirurgia;
    - Manter a temperatura da sala acima de 24ºC;
    - Administrar soluções de infusão venosa aquecidas;
    - Controlar sinais vitais, principalmente a temperatura;
    - Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/minuto)
    - Trocar roupas e campos molhados;
    - Usar cobertores comuns ou térmicos;
    - Utilizar fonte radiante;
    - Enfaixar os membros inferiores do paciente, se possível;
    - Manter o controle rigoroso da temperatura na sala de cirurgia e SRPA;
    - Registrar as atividades executadas e observações.

2. Hipertermia

Caracteriza-se pelo aumento da temperatura corporal acima de 37ºC quando se tem uma temperatura ambiente de 25ºC. (34)

Pode ser causado devido a um processo infeccioso ou sepsis, por temperatura ambiente elevada, drogas que interferem no funcionamento do centro termorregulador, doença de base como hipertireoidismo, por choque pirogênico ou devido a um processo hipermetabólico que é a hipertermia maligna.(34,41)

Entre os sinais e sintomas da hipertermia estão, temperatura corporal acima de 39ºC, vasodilatação, taquipnéia, diminuição do retorno venoso da pressão arterial, taquicardia e sudorese.(22)

Ações de enfermagem para a hipertermia:(22)

    - Administrar antibióticos de acordo com a prescrição médica em caso de infecção;
    - Durante a transfusão sanguínea, interromper a infusão, coletar amostra para análise e administrar medicamentos de acordo com a prescrição médica;
    - Realizar reposição de volume perdido;
    - Monitorar sinais vitais;
    - Registrar as observações e os cuidados prestados ao paciente;
    - Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/minuto).

A hipertermia maligna é uma emergência, de origem genética e desencadeada por agentes anestésicos voláteis e pelo relaxante muscular despolarizado succilcolina. Se não for imediatamente tratada, o paciente pode morrer. Entende-se por anestésicos voláteis o halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano e desflurano.(41)

Pode ser definida como uma afecção farmacocinética cujo substrato é a liberação descontrolada de cálcio pelo retículo sarcoplasmático com quadro clínico variável compreendendo alterações metabólicas, de lesão muscular e complicações secundárias. (22)

A hipertermia maligna pode surgir a qualquer momento durante a anestesia, tendo sido descrito seu aparecimento em até três horas após a interrupção da exposição ao agente desencadeante. Como um dos cuidados para a prevenção e identificação da hipertermia maligna está a observação do paciente no período pós-anestésico durante pelo menos 3 horas em busca de sinais e sintomas. (22)

Entre os sinais e sintomas estão a hipertermia extrema acima de 43,3ºC, cianose, taquicardia, acidose metabólica e respiratória, hiperpotassemia, rigidez muscular, arritmia e taquipnéia.(34)

Uma vez identificada a hipertermia maligna sugere-se os itens abaixo para o seu tratamento:(22)

    - 1. Dantrolene sódico (36 frascos);
    - 2. Água destilada (2.500mL, para diluir o dentrolene);
    - 3. Seringas de 50mL (10 unidades para aspirar o dentrolene);
    - 4. Sistema de resfriamento (manta com circulação de ar);
    - 5. Gelo;
    - 6. Sonda vesical de foley com coletor de urina sistema fechado;
    - 7. Sonda gástrica (diversos calibres);
    - 8. Sonda retal (01 unidade);
    - 9. NaCl 0,9% 5000mL (resfriados para irrigação e 5 equipos);
    - 10. Bicarbonato de sódio 250mL (4 unidades e 2 equipos microgotas);
    - 11. Glicose 50% 20mL (10 ampolas);
    - 12. Insulina (1 frasco-ampola);
    - 13. Lidocaína 2% 20mL (2 frascos-ampola);
    - 14. Procainamida (3 ampolas);
    - 15. Furosemida (20 mg, 10 ampolas);
    - 16. Manitol 20%, 250 mL (1 unidade);
    - 17. Heparina (01 frasco-ampola);
    - 18. Seringas de 5mL (para coleta de exames laboratoriais e administração de medicamentos; 20 unidades);
    - 19. Agulhas (30x7mm – 20 unidades; 40x12mm – 20 unidades);
    - 20. NaCl 0,9% 250 mL (para diluição de medicação; 2 unidades e 2 equipos);
    - 21. Etiquetas para identificação de material a ser enviado para o laboratório.

Entre as complicações estão a hipertensão arterial, colapso circulatório, arritmias cardíacas, distúrbios da hemostasia e insuficiência renal aguda.(22)

As ações de enfermagem são as seguintes:(34)

    - Controlar sinais vitais, com freqüência, principalmente a temperatura;<
    - Administrar oxigênio úmido (2 – 5litros/minuto) através de máscara facial simples ou com Venturi e quando o paciente estiver entubado, utilizar uma peça em forma de “T” ou hiperventilar o paciente com oxigênio a 100%;
    - Aplicar compressas frias;
    - Administrar medicamentos conforme prescrição médica;
    - Registrar as observações assistência prestada.

COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS

1. Náuseas e vômitos

Mendoza e Peniche (2008) relataram que em uma busca na literatura durante o período de 2000 a 2005 sobre complicações do paciente idoso no período de RPA, encontraram cinco artigos que falam sobre náuseas e vômitos, onde Fetzer et al (2005) apontam estes duas complicações com as mais frequentes em cirurgias ambulatoriais, afetando também a RPA. Mace (2003) e Gunta et al (2000) identificam náuseas e vômitos como sendo o maior problema em cirurgia de grande porte e apontam o tabaco, a ansiedade e a dor como fatores que contribuem para aumentar as complicações. E por último, encontraram que Merit (2002), Windle et al (2001) como sendo os efeitos indesejáveis da anestesia e que, além do tratamento farmacológico, existem outras terapias complementares que podem ser incorporadas ao cuidado de enfermagem como, a acupressão e a aromaterapia.

Durante o período pós-operatório, a etiologia das náuseas e vômitos ocorre devido a diversos fatores como, predisposição individual, dor pós-operatória, fatores psicossomáticos, drogas utilizadas durante a anestesia, sexo feminino durante o período menstrual, obesidade, acidose, hipoglicemia, hipóxia cerebral por hipotensão arterial, hipersensibilidade simpática, desidratação, hipercalemia, tipo e local da cirurgia e distensão gástrica e ainda, o uso do óxido nitroso pode aumentar a incidência de náuseas e vômitos quando adicionados a anestésicos inalatórios.(22,34)

A ocorrência de náuseas e vômitos proporciona riscos ao paciente como tensionamento dos pontos da incisão cirúrgica, aspiração pulmonar e aumento da pressão intracraniana e ocular.(34)

A aspiração do conteúdo gástrico durante o pós-operatório imediato pode provocar irritação e destruição da mucosa traqueal e pneumonia.(9)

Entre as intervenções de enfermagem estão:(9,34,50)

    - Manter a cabeceira do leito elevada entre 30 e 45 graus, quando for permitido;
    - Orientar a lateralizar a cabeça em caso de náuseas e vômitos;
    - Manter a permeabilidade das vias aéreas e sondas;
    - Auxiliar o paciente a inclinar-se ou a lateralizar a cabeça durante o episódio de vômito;
    - Administrar antiemético conforme prescrição médica;
    - Administrar oxigênio úmido 2 – 5 mL/minuto;
    - Tranquilizar o paciente que retorna à consciência;
    - Monitorar sinais vitais;
    - Avaliar e registrar quantidade e características do vômito;
    - Aguardar pelo menos 30 minutos após o episódio de vômito antes de oferecer líquidos via oral;
    - Oferecer condições de higiene da boca, se necessário e possível;
    - Registrar as observações e os cuidados prestados.

COMPLICAÇÕES UROLÓGICAS

1.Oligúria

Ocorre quando o débito urinário é menor que 0,5 mL/kg/h e é causado pela hipovolemia, hipotensão, diminuição do débito cardíaco, septicemia, hemólise, hipoxemia, obstrução do fluxo urinário e uso de drogas.(22,34)

Ações de enfermagem:

    - Monitorar o débito urinário;
    - Avaliar se há obstrução mecânica da sonda vesical e trocá-la se necessário;
    - Controlar a pressão venosa central;
    - Administrar medicamentos e soluções prescritas;
    - Administração oxigênio úmido;
    - Registrar as observações e os cuidados prestados.

2. Retenção urinária

Consiste na impossibilidade de realizar a micção tendo como causa principal o relaxamento do músculo detrusor da bexiga após a injeção da morfina, com aumento da capacidade da bexiga.(34)

A retenção urinária pós-operatória é definida quando o paciente é admitido da SRPA com volume urinário maior ou igual a 500ml e inabilidade em urinar durante trinta minutos ou mais. Em uma pesquisa realizada por Feliciano et all (2008) foi descrito o perfil dos pacientes que apresentaram retenção urinária predominando nos homens correspondendo a 75,5% entre os pacientes estudados, 38,2% decorrente de cirurgia geral, 13,7% de cirurgia genitourinária, 5,9% de cirurgia ginecológica, 8,8% de neurocirurgia, 30,4% de ortopedia e 2,9% de cirurgia pediátrica e tempo médio de duração de anestesia foi de 121,25%. Os autores deste mesmo artigo sugerem instituir um protocolo para proporcionar a detecção precoce e / ou prevenção de retenção urinária proporcionando vantagens fisiológicas e psicológicas para o paciente e diminuição do tempo de permanência na SRPA.(13)

Entre as ações de enfermagem pode-se destacar:

    - Avaliar se há obstrução mecânica da sonda vesical e trocá-la se necessário;
    - Realizar cateterismo vesical;
    - Controlar a pressão venosa central;
    - Administrar medicamentos e soluções prescritas;
    - Registrar as observações e os cuidados prestados.

OUTRAS COMPLICAÇÕES

1. Dor

A dor pós-operatória caracteriza-se como uma dor aguda devendo ser iniciada uma adequada analgesia na sala de cirurgia e continuada na sala de recuperação pós-anestésica.(22)

Para Cianciarullo (2008), a dor é um problema esperado durante o período pós-operatório imediato, podendo ser resultado do corte e da manipulação de tecidos e órgãos, da estimulação das terminações nervosas por substâncias químicas utilizadas durante o procedimento cirúrgico, ou das isquemias causadas por interferência no suprimento de sangue para os tecidos, por pressão, espasmo muscular ou edema.(9)

Quando o paciente é exposto a uma experiência dolorosa, ele é influenciado sob dois aspectos: na avaliação antecipatória ao ato anestésico-cirúrgico, como um fator de estresse, ou quando já está com a dor, com a ativação de substâncias hormonais características de estresse e dor, com a intenção de provocar o retorno à homeostasia orgânica.(9)

Para Manica (2008), “após um evento doloroso, há liberação de substâncias decorrentes de reações inflamatórias (citocinas, bradicinina, serotonina, histamina, etc.) que produzem um mecanismo de sensibilização periférica com redução do limiar nociceptivo, que é a dor por nocicepção, também chamada de dor aguda”.(22)

Este mesmo autor acrescenta ainda que diversos mecanismos podem estar presentes na dor pós-operatória, que são os componentes de dor somática e visceral e alterações do sistema analgésico do organismo. A dor pós-operatória é uma dor por nocicepção, descrita como latejante, em pontada, queimação, em peso e geralmente é próxima ao sítio cirúrgico e exacerba-se com tosse, movimentos, fisioterapia e troca de roupas. Porém, é uma dor autolimitada, podendo ter melhora em um período curto.

Entre as causas dor estão a ansiedade pré-operatória, tipo e tempo de duração da cirurgia, anestesia realizada, posicionamento prolongado do paciente durante o procedimento cirúrgico e resposta orgânica e sensitiva devido a um procedimento invasivo.(34)

Entre os sinais e sintomas destaca-se: agitação psicomotora, hipertensão, taquicardia, sudorese, taquipnéia, ansiedade e aparecimento de náuseas, vômitos e baixo débito urinário.(34)

Em um estudo realizado por Mattia, Silva e Araújo (2008) que avaliaram a atuação do enfermeiro no controle da dor em recuperação anestésica quando indagaram os enfermeiros sobre as formas de identificação da dor tiveram como resultado que 95% identifica através da expressão facial, 70% pela sudorese e diminuição da saturação periférica de oxigênio (SpO2), 65% pela agitação psicomotora, taquicardia, ansiedade e palidez cutânea, 55% por meio da hipertensão, 40% por meio de taquipnéia, 35% de náuseas e vômitos e 20% pela diminuição do débito urinário.(24)

Portanto, uma das funções do enfermeiro é identificar as possíveis causas de dor e de acordo com a prescrição médica, administrar os medicamentos prescritos, antes que a dor se torne intensa supervisionando os possíveis efeitos colaterais, como hipotensão e alterações no padrão respiratório. Deverá observar e avaliar as manifestações de dor e intervir o mais precocemente possível podendo utilizar estratégias complementares como relaxamento e distração, além, de manter o paciente em posição confortável para evitar tensão na incisão promovendo uma ventilação adequada.(9)

A avaliação da dor pode ser realizada por diversas formas, desde a utilização de perguntas simples até a utilização de escalas específicas.

Esta avaliação deve incluir o histórico e exame físico do paciente, assim como os aspectos psicossociais e familiares relacionados. Sendo fundamental para a construção de um plano de cuidados específico para cada paciente respeitando as características da dor individualmente, como: intensidade e natureza, localização, qualidade, duração, ritmo e fatores que melhoram ou pioram a dor. Estes itens irão direcionar qual o melhor tratamento a ser conduzido.(22,34)

Ainda em relação a pesquisa realizada pelos autores apontados acima, formas de atuação do enfermeiro na SRRA no controle da dor são diversas, onde 95% administram medicações conforme prescrição médica, 50% utilizam medidas de conforto como posicionamento e aquecimento do paciente, 40% utiliza a SAEP e 25% aplicam escalas analógicas ou visual. Infelizmente, nenhum enfermeiro utiliza protocolos pré-definidos, conforme sintomatologia do paciente.(24)

As ações de enfermagem se referem a:(34)

    -Orientar ao paciente quanto à sua participação no auxílio de sua recuperação;
    -Administrar medicamentos conforme prescrição médica;
    -Auxiliar na mudança de decúbito;
    -Colocar coxins para acomodação;
    -Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/minuto);
    -Registrar observações e cuidados prestados.

2. Soluços

Para Possari (2003), os soluções são definidos como “espasmos intermitentes do diafragma, devido à irritação do nervo frênico entre a medula raquiana e as ramificações terminais na superfície inferior do diafragma, provocando um som que resulta da vibração das cordas vocais fechadas quando o ar é eliminado subitamente dos pulmões”. Ocorre ocasionalmente após cirurgias abdominais que cessam espontaneamente ou com tratamento simples. Quando persiste, pode desencadear o vômito, a exaustão e a deiscência da sutura.(34)

O tratamento consiste na administração de fenotiazinas, na manutenção da oxigenação, na administração de antieméticos e na eliminação das causas de origem reflexa quando for possível.(45)

Ações de enfermagem: (34,45)

    -Aquecer o paciente com manta térmica, quando necessário;
    -Administrar medicamentos conforme prescrição médica;
    -Administrar oxigênio úmido;
    -Verificar sinais vitais;
    -Orientar e tranqüilizar o paciente;
    -Ensinar o paciente a realizar respiração profunda e pausada;
    -Registrar observações e cuidados prestados.

3. Calafrios e tremores

São oscilações rítmicas, involuntárias resultantes da contração alternada de grupos musculares opostos acompanhados de frio e palidez cutânea.(34)

Têm como causas os agentes anestésicos inalatórios, hipotermia e reações pós- transfusionais.

Ações de enfermagem:

    - Aquecer o paciente com cobertores convencionais, manta ou cobertor térmico;
    - Administrar oxigênio úmido;
    - Registrar observações e cuidados prestados.

4. Cefaléia Pós-raqui

Consiste na perda de líquido cefalorraquidiano através do orifício na dura-máter criado após a punção provocando uma tensão intracraniana nos vasos e nervos meníngeos na dura-máter na posição ortostática, durando até duas semanas.(22,34)

Manica (2008) justifica a ocorrência da cefaléia pós-raqui da seguinte forma: “O gradiente de pressão entre os espaços subaracnóideo e peridural em torno de 40 a 50 cm H20 em posição sentada, provoca perda de líquido cefalorraquidiano proporcional ao diâmetro do orifício dural e à pressão hidrostática. As diminuições do volume de líquido cefalorraquidiano e da pressão intratecal, secundárias à perda, são responsáveis, em posição vertical, por tração das estruturas cefálicas, sem amortecimento pela coluna liquórica. Ocorre então tração dos folhetos meníngeos e das estruturas vasculares, originando os fenômenos dolorosos. A cefaléia é incrementada por uma vasodilatação reflexa local, visando restaurar o volume intracraniano.”(22)

O tratamento deve ser repouso e hidratação. Persistindo a dor, deve ser realizado pelo anestesiologista um tamponamento na dura-máter, com aplicação de 10ml a 15ml de sangue autólogo ou de solução salina no espaço epidural.(44)